domingo, 21 de agosto de 2011

Habilidades básicas ou pré-requisitos necessários para a alfabetização

Habilidades básicas ou pré-requisitos necessários para a alfabetização

A aprendizagem requer alguns pré-requisitos desenvolvidos na infância, cada um em seu tempo próprio. A aquisição destas habilidades não se dá de forma espontânea, é necessário que a criança seja estimulada, de acordo com a fase do desenvolvimento em que se encontra.

Esquema Corporal - Conhecimento adequado do corpo. Indispensável para qualquer tipo de aprendizagem, pois é através de uma boa formação deste pré-requisito que a criança torna o seu corpo um ponto de referência estável. É o seu corpo que servirá como base para a aprendizagem de todos os conceitos indispensáveis à alfabetização.

Lateralidade: O conceito de direita e esquerda é de muita importância para o processo de alfabetização, pois está intrinsecamente ligado ao conceito de imagem corporal e de lateralidade, permitindo à criança distinguir os lados em si, nas outras pessoas e nos objetos. Segundo Ajuriaguerra (1977) é esperado que, por volta dos 6 ou 7 anos a criança consiga reconhecer em si mesma estas noções.  Iniciar o aprendizado da leitura e da escrita sem a aquisição destes conceitos pode implicar em confusões na orientação espacial. A criança poderá apresentar dificuldades para discriminar letras que diferem quanto à posição espacial, bem como, em relação ao sentido direcional da leitura e da escrita.  É comum, que a ausência desta habilidade contribua para a escrita especular (em espelho).

 Orientação Espacial – Relação entre o objeto e o observador. Crianças que iniciam o processo de alfabetização sem possuírem as noções de posição e orientação espacial...
·        confundem letras que diferem quanto à orientação espacial;
·        têm dificuldades em respeitar a ordem de sucessão das letras nas palavras e das palavras nas frases;
§       dificuldades para locomover os olhos durante a leitura;
§       não respeita a direção horizontal do traçado;
§       não respeita os limites da folha;
§       dificuldades para se organizar, esbarra nos objetos ou pessoas quando se locomove e;
§       indecisões quando tem de se desviar de um obstáculo não sabendo para que lado ir.

Orientação temporal – O domínio de determinados conceitos (ontem, hoje, amanhã, dia, mês, ano, horas, estações do ano, etc.) permitem que a criança se oriente no tempo durante a realização de atividades. A ausência da orientação temporal pode causar:
·        dificuldades na pronúncia e  na escrita de palavras, trocando a ordem das letras ou invertendo-a;
§       dificuldades na retenção de uma série de palavras dentro da sentença;
§       má utilização dos tempos verbais e;
§       problemas na correspondência dos sons com as respectivas letras que os representam (ditado).
Orientar-se no espaço é ver-se e ver as coisas no espaço em relação a si próprio, é dirigir-se, é avaliar os movimentos e adaptá-los no espaço. É a consciência da relação do corpo com o meio.

Ritmo – É uma condição inata do ser humano. Habilidade importante, pois dá à criança a noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas

§  A importância de trabalhar com o ritmo é fornecer à criança a percepção da ocorrência dos sons e das pausas (duração e sucessão).
§  A falta de habilidade rítmica pode ser a causa de uma leitura lenta e silabada, falta de pontuação e entonação durante a leitura, não respeitar os espaços em branco entre as palavras e o ordenamento das letras durante a escrita.

Análise-síntese visual e auditivaÉ um dos pré-requisitos mais importantes para a aprendizagem da língua escrita. A língua portuguesa é uma língua alfabética, ou seja, cada letra representa um determinado som. Desta forma, a leitura inicial ou decodificação das palavras impressas em um livro, geralmente, ocorre através de um processo analítico-sintético. A criança ao ver uma palavra deve decompô-la em suas partes constituintes (análise) e recompô-las,  unindo as partes ao todo (síntese). Dificuldades neste processo acarreta problemas em conseguir dominar o arranjo das letras ou sílabas para formar outras palavras.
Ex.: palavra visualizada: CAMISA       
análise: CA-MI-SA
síntese: CAMISA

Habilidades visuais específicasO perfeito funcionamento dos olhos já é, por si só, um pré-requisito muito importante para o aprendizado da leitura e da escrita.  É de suma importância um treinamento específico em percepção e discriminação de semelhanças e diferenças; percepção de formas e tamanhos (diferentes grafias, por ex.); percepção de figura-fundo e memória visual. Se existem falhas na discriminação de figura-fundo e a atenção é dispersa, pouco ou nada se conseguirá memorizar.

Acompanhamento visual – Refere-se ao deslocamento dos olhos ao longo da linha tanto no ato de ler como de escrever. As dificuldades relacionadas ao movimento ocular são as causadoras de uma leitura lenta e silabada caracterizada por inversões, omissões e adições de letras, sílabas e palavras.  Na escrita, incidem na realização motora de letras, palavras ou figuras ,devido à falta de coordenação entre os movimentos dos olhos e os da mão.

Coordenação viso-motora – Implica na completa integração entre a visão e os movimentos do corpo. As crianças que não conseguem coordenar os movimentos da mão com o movimento ocular terão dificuldades em todas as atividades que envolvam a coordenação viso-motora (olho-mão), perdendo a noção da seqüência na execução da produção gráfica.

Habilidades auditivas específicas – É por meio do sistema auditivo e visual que as informações gráficas são recebidas e conduzidas ao cérebro para serem analisadas, comparadas com outras informações e armazenadas na memória. Se os receptores visuais ou auditivos, que são o contato entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o ambiente, não conseguirem captar de forma adequada as estimulações ambientais, então o cérebro lidará com informações distorcidas, não havendo possibilidade de criar padrões fixos de respostas para as estimulações que são recebidas. É necessário que haja uma estimulação a nível de discriminação de sons, de figura-fundo e memória auditiva, para que o processo de aprendizagem ocorra com facilidade.

Memória cinestésica – É a capacidade da criança reter os movimentos motores necessários à realização gráfica. A memorização dos movimentos motores permite a acumulação das experiências motoras e impede o constante reaprender.

Linguagem oral – constitui um pré-requisito que serve de alicerce à aprendizagem gráfica e requer uma distinção entre: prolação ou pronuncia (a criança que apresenta dificuldades em pronunciar corretamente as palavras) poderá vir a encontrar sérios obstáculos no aprendizado da leitura e escrita. A falta de associação entre os sons que ouve com os movimentos articulatórios necessários a sua reprodução oral, também gera dificuldades, pois a criança não consegue associar os sons falados e ouvidos aos movimentos gráficos que os representam na linguagem escrita.

Função social da escrita e da leitura – É o entendimento de para que serve ler e escrever. As crianças que vivem em uma sociedade letrada observam os atos de leitura e escrita dos adultos e de parceiros mais experientes e tentam compreender seus diferentes usos e funções, formulando hipóteses,
buscando informações, fazendo inúmeras perguntas e experiências. Nesse processo, acabam descobrindo que a escrita serve para auxiliar a memória, expressar sentimentos, comunicar-se, organizar idéias, divertir-se e muitas outras utilidades práticas. Conhecer diferentes tipos de letras e saber usá-las em práticas diferenciadas; Entender de que maneira esses sinais se organizam representando o que se pretende escrever, organizar a escrita no papel e ler seguindo uma direção convencionada culturalmente, de cima para baixo e da esquerda para a direita; segmentar as palavras, deixar um espaço entre elas quando as escrevemos; saber utilizar parágrafos e sinais de pontuação..

“Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita, explicando a matéria.
Professor bom é aquele que transforma a matéria em brinquedo e seduz o aluno a brincar.  Depois de seduzido o aluno, não há quem o segure”
                                                                                                        Rubem Alves




“Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita, explicando a matéria.
Professor bom é aquele que transforma a matéria em brinquedo e seduz o aluno a brincar.  Depois de seduzido o aluno, não há quem o segure”
                                                                                                        Rubem Alves



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Alfabetização Precoce "

Alfabetização precoce: mais um sintoma do desespero dos pais em criar um superfilho
O mercado editorial nunca produziu tantos livros para crianças em idade pré-escolar. Os anúncios das escolas de idiomas enfatizam a utilidade de matricular os filhos o quanto antes. Por que não aos 4 ou 3 anos de idade? Segundo reza a cartilha tradicional de alfabetização, as crianças deveriam estar concentradas em aprender a ler e escrever somente a partir dos 7 anos de idade. Mas, como se vê, há um bombardeio pesado no sentido de acelerar os ponteiros do relógio pedagógico.
A alfabetização precoce tem rendido um grande bate-boca entre os pesquisadores. Gente gabaritada chama a atenção para certo exagero na dose e começa a suspeitar que toda essa precocidade no aprendizado pode desajustar o relógio biológico do desenvolvimento infantil. Desde o começo do século XX, convencionou-se que os alunos devem aprender a ler e escrever a partir dos 7 anos. Nessa fase, o cérebro da criança já desenvolveu habilidades como o poder de concentração e a coordenação visual e motora, entre outras. Está preparado, portanto, para absorver uma carga maior de ensinamento dentro da sala de aula. As escolas que subverteram essa regra argumentam que, hoje, o mundo e as crianças são muito diferentes. “Os alunos não são mais inteligentes que os de antigamente, mas chegam à escola mais cedo e estão expostos a uma quantidade maior de informações, o que aguça numa idade mais precoce sua curiosidade pelas letras”, afirma Elisa Pereira, diretora pedagógica do Pueri Domus, uma das melhores escolas de São Paulo. Segundo o raciocínio da diretora, não faria sentido “congelar” o desenvolvimento da criança durante dois anos se ela demonstra interesse pelos livros.
O novo sistema, de ler cada vez mais cedo, já e adotado em escolas da Argentina, da Espanha e, numa escala mais reduzida, na Inglaterra. Pedagogos dos Estados Unidos e de outros países do Primeiro Mundo ainda não chegaram a um consenso sobre a conveniência da mudança. No Brasil, há uma divisão. A rede pública continua seguindo a regra antiga, ou seja, alfabetização somente aos 7 anos – idade obrigatória para ingresso dos alunos no 1º ano do ensino fundamental. Já a maioria dos estabelecimentos particulares resolveu antecipar o aprendizado do bê-a-bá. As crianças de 5 ou 6 anos não recebem cartilhas, muito menos são obrigadas a fazer provas para comprovar seus avanços lingüísticos. O contato com o mundo das letras ocorre na forma de brincadeiras na sala de aula, como escrever com a ajuda da professora os ingredientes da receita de um bolo ou colar numa cartolina as letras iniciais do nome do papai e da mamãe. “Adoro gibis e já li cinqüenta livrinhos”, conta Mateus Kuhn Chedid, que acabou de completar 6 anos. Sua colega de classe, da mesma idade, segue um ritmo menos avançado: até agora, devorou dez obras infantis.
Segundo os especialistas, existe uma hora certa para a criança desenvolver cada habilidade. Esses períodos foram batizados de “janelas de oportunidades”. Na área da alfabetização, os pesquisadores ainda não chegaram a um acordo. Os que defendem a manutenção do sistema tradicional, ou seja, aos 7 anos, lembram que ainda não há estudos comprovando possíveis benefícios da iniciação precoce. Além disso, o colega da escola pública que tomou contato com as letras aos 7 anos vai se desenvolver mais rapidamente nesse campo, anulando rapidamente a suposta vantagem da criança educada aos 5. “Nessa fase, é importante deixar algum espaço livre na agenda da criança para que ela não faça absolutamente nada. E muito espaço para ela brincar”, afirma Abram Topczwski, neuropediatra do Hospital Albert Einstein.
Os menos radicais não vêem grandes problemas no processo de alfabetização precoce, desde que seja guiado pelo bom senso. Em primeiro lugar, é preciso que os pais reduzam suas expectativas em relação a esse aprendizado. “Não há motivos para achar que uma criança é problemática só porque um colega está mais adiantado”, afirma o neuropediatra mauro Muzkat, da Universidade Federal de São Paulo. Em segundo, não é preciso aparecer com um livro de gramática quando a criança surge com alguma dúvida. As questões devem ser respondidas na medida certa, assim como o estímulo à leitura – nada de comprar livros que tragam dificuldades maiores que aquelas com que a criança está familiarizada. Por fim, é importante discutir o assunto com a escola. Se os benefícios da leitura precoce são duvidosos, os problemas provocados por uma iniciação mal conduzida já começam a aparecer nos consultórios pediátricos. Nesses locais, são cada vez mais comuns os casos de crianças que se queixam de dor de cabeça ou têm dificuldade para se expressar. Segundo os especialistas, são sintomas clássicos de stress causado pelo maior problema do processo de formação dos pequenos. É a superagenda, que contém escola, natação, inglês, computação e a exagerada cobrança dos pais em tentar garantir, desde cedo, um futuro melhor para os filhos.


Fonte: Revista Veja n.34-Agosto,2001

"Educação em casa"

"     Ai vai algumas dicas para você fazer em casa,pelo seu filho"

1º Converse com o seu filho,pergunte o que ele aprendeu de novo na escola.Peça que lhe ensine algo ,isso ajuda a fixar o conteúdo.Pergunte se ele tem dificuldade na escola.
2º Cobre as obrigações do seu filho.Confira se ele faz as liçôes de casa diariamente.
Ensine-o a respeitar os professores ,funcionários e os colegas.
3 º Acompanhe a lição de casa.Combine com ele um horário para os estudos.Separe um lugar tranquilo da casa para fazer a lição.Ofereça sempre sua ajuda.Filhos estimulados pelos pais,tem um melhor desempenho.Mas atençâo estimular não significa fazer as liçôes para ele.Olhe os cadernos e mostre interesse pelos trabalhos.Estimule-o a pesquisar e descobrir as respostas por conta própria.
4 º Fique de olho no aprendizado.Veja se seu filho está aprendendo o que deveria na idade dele.Veja sempre as notas dele.Se forem boas elogie-o para que continue assim,Se forem ruins,pergunte ao professor como você pode ajuda-lo.
5 º Incentive seu filho a ler. Dê livros ou revistas de presentes.Converse com ele sobre um livro que esteja lendo.Faça da leitura um momento de prazer,pode ter até pipoca.Ou para melhorar o entrosamento e aproximá-los sugira que cada um leia uma página,vc e ele,ou pai.
6 º Valorize a escrita.Escreva bilhetinhos para seu filho.Assim ele entenderá a utilidade da escrita.Peça ajuda para escrever a lista de compras.
7 º Dê o exemplo.Seja coerente suas atitudes refletem o que você pensa.
8º Entenda a situação da educação.Informe-se sobre a qualidade do ensino no país,no seu estado,na sua cidade,na escola de seu filho.

Fonte: Revista Educar para Crescer

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

" A PSICOLOGIA PODE SER UMA CIÊNCIA DA MENTE " ?

A PSICOLOGIA PODE SER UMA CIÊNCIA DA MENTE?

ufgd 2 300x239  A Psicologia Pode Ser uma Ciência da Mente?
O Comportamentalismo, como linha dentro da Psicologia, tem como objeto principal o estudo do comportamento. Desde seu surgimento, o conceito de comportamento e as formas de observá-lo foram se modificando.
O Comportamentalismo/Behaviorismo surgiu nos Estados Unidos da América, com John Broadus Watson (1878 – 1958). Watson acreditava que analisando determinados comportamentos dos animais seria possível compreender determinados comportamentos dos seres humanos. Suas críticas aos métodos de introspecção e à “antiga” Psicologia tiveram grande resultado. As pesquisas começaram a considerar os seres humanos de uma forma diferente da que estava sendo considerada antes. A Psicologia, para Watson, deveria ser a ciência do comportamento, um ramo experimental objetivo das ciências humanas. Descartaria todos os conceitos mentalistas, que postulavam que as causas das coisas e das ações humanas estavam na mente, e só usaria conceitos que pudessem ser operacional e objetivamente definidos com estímulo e resposta. A finalidade da Psicologia seria prever e controlar o comportamento.
” A Psicologia, tal como o behaviorista a vê, é um ramo puramente objetivo e experimental da ciência natural. A sua finalidade teórica é a previsão e o controle do comportamento. A introspecção não constitui parte essencial dos seus métodos e o valor científico dos seus dados não depende do fato de se prestarem a uma fácil interpretação em termos de consciência… a Psicologia terá que descartar qualquer referência à consciência… ela já não precisa iludir-se crendo que seu objeto de observação são os estados mentais”. (Watson, 1913:158).
A partir de 1920 surge uma ciência do comportamento voltado para si mesmo, sem referir-se com recurso explicativo ao sistema nervoso ou seus mecanismos.
O uso exclusivo de métodos objetivos e a eliminação da inprospecção, pois a mesma nunca foi satisfatória, representavam uma mudança da natureza e do papel do sujeito humano no laboratório psicológico.
A visão do homem como gerador do universo e agente no mundo mudou, passando a posição de um ser que se comporta com outro qualquer. O homem já não observa, ele apenas se comporta.
Para se Ter maiores esclarecimentos sobre a teoria, muitos recorreram à ciência do cérebro. A ciência do cérebro poderia nos dizer o que significa construir uma representação da realidade, guardar uma representação na memória, converter uma intenção em ação, sentir alegria ou tristeza, chegar a uma conclusão lógica. O cérebro é uma parte do corpo e então o que ele faz o resto do corpo faz.
Na época, acreditava-se que as causas do comportamento estavam na mente ou na consciência. Watson criticou o mentalismo e a idéia de que todas as explicações estavam na mente. Ele acreditava que para se entender o comportamento pode-se partir da observação, não precisando supor processos mentais que explicariam tal comportamento.
Duas ciências estabelecidas, cada uma com um objeto de estudo claramente definido, têm uma relação com o comportamento humano. Uma delas é a fisiologia da relação entre o corpo e cérebro e a outra é um grupo de três ciências preocupadas com a variação e seleção que determinam o estudo da condição corpo e cérebro em dado momento: a seleção natural do comportamento das espécies, o condicionamento operante do comportamento do indivíduo ( análise do comportamento) e a evolução dos meios sociais que geram o comportamento e expandem muito seu alcance.
As falhas na variação e seleção são fontes de problemas fascinantes. Devemos nos adaptar à novas situações, resolver conflitos e achar soluções rápidas.
Mais muitos psicólogos que estudaram o comportamento negligenciaram a variação e seleção. A análise do comportamento é a mais jovem das três ciências.
Nós não falamos as linguagens da ciência do cérebro e da análise do comportamento na nossa vida diária. Nós não podemos ver o cérebro e sabemos muito pouco a respeito de variação e seleção responsáveis por uma dada instância de comportamento.
Os behavioristas voltaram-se para o estudo do comportamento em si mesmo, puro; e os psicólogos não behavioristas voltaram-se para o comportamento dos professores, estudantes, terapeutas, clientes, crianças em desenvolvimento, pessoas em grupos e assim por diante.

Autor: Roselaine Jurk

sexta-feira, 29 de julho de 2011



                                                                                                                                                                                       Você criança, que vive a correr, é a 
  promessa que vai acontecer... 
é a esperança do que poderíamos ser...
é a inocência que deveríamos ter...
Você é a criança, que um dia vai crescer!
É a promessa, que vai se realizar!
É a esperança da humanidade se entender!
É a realidade que o adulto precisa ver...
e também aprender a ser...” 

"Rotinas na Educação Infantil"

Quando a criança chega até as escolas de educação infantil, ela vem carregada de significados,desejos e frustrações da sua família e de seu grupo social.
Precisamos preparar o espaço e a equipe para acolhermos de modo significativo essas crianças. Após a sua inserção vamos gradualmente adaptando-a na rotina da escola e do grupo.
Quando os pais procuram a escola para compartilhar o cuidado dos seus filhos, trazem consigo algumas angústias e inquietações e também, muitas expectativas .A segurança emocional da criança e a possibilidade de estar preparada para estabelecer relações com outras pessoas e objetos é fundamental para o seu desenvolvimento.
As rotinas norteiam as ações do cotidiano infantil, tanto no trabalho dos professores como na organização dos espaços e das vivências com as crianças.
A rotina deve ser considerada como um instrumento de dinamização da aprendizagem, facilitador das percepções infantis sobre  o tempo e o espaço,uma rotina clara e compreensível para os alunos,é um fator de segurança. A rotina pode orientar as ações das crianças,assim como os professores,possibilitando a antecipação das situações que irão acontecer.,os professores se sentem confiantes,pois organizam em torno das atividades e conseguem desenvolver um trabalho rico e significativo,através de ações planejadas e pensadas para o bom aproveitamento do grupo.
Muitos fazeres enaltecem as rotinas na educação infantil e criam possibilidades de cuidado e aprendizagem.
È de suma importância que a criança se sinta acolhida,quando ela já está adaptada a rotina da escola começa a se envolver ativamente com o grupo,descobrindo assim seus limittes e possibilidades do dia á dia no espaço da educação infantil.
Segundo a autora do livro; Por amor e por força Rotinas da educação infantil, Maria Carmem Silveira Barbosa,a rotina é analisada como um instrumento de controle do tempo,do espaço, das atividades,dos materiais,com a função de padronizar e regulamentar a vida dos adultos e crianças na escola.è preciso sair da visão adultocêntrica,de quem sabe o que é melhor para as crianças,e estabelecer relações pautadas pela idéia de que se está permanentemente sendo  reconstruído para meios das práticas de vida.
Na turma  do maternal III ,da Professora Fernanda tem 10 alunos, (5 meninos e 5 meninas), idades entre 4 a 5 anos. A sala é ampla, bem ventilada, bem organizada ,com brinquedos e materiais pedagógicos de acordo com a idade.
Cada aluno possui uma caixa forrada, identificada com seu nome,com seus materiais,e uma caixa de brinquedos diversos coletiva.
Jogos pedagógicos diversos, de acordo com a faixa etária, livros pedagógicos bem selecionados,sala enfeitada e convidativa a passar horas agradáveis.
A rotina semanal pode ser dividida  da seguinte forma:
1)           Acolhida das crianças
2)           Rodinha da novidade
3)           Chamada
4)           Calendário e relógio do tempo]
5)           Ajudante do dia
6)           Atividade dirigida ( recorte,colagem,massa de modelar,pintura,etc...)
7)           Recreação
8)           Música
9)           Contação de história
10)         Higiene
11)        Lanche
12)        Teatro
13)         Avaliação das atividades. Arrumação e limpeza da sala,com o auxilio do ajudante do dia

"Os Contos de Fada no Imaginário Infantil"

As fábulas, lendas e contos de fada, quando lidos, continuam a encantar crianças e adultos, textos que resgatam o pouco da magia que ficou em suas lembranças dos tempos em que seus pais sentavam com eles na sala, no quarto ou na varanda para contar as histórias mais fantásticas de belas princesas e de reinos distantes. Quando lemos contos de fadas para as crianças, certamente estamos ajudando-as a recuperar partes de uma infância que se perdeu num tempo em que usavam a linguagem de seus sonhos para conversar com fadas e enfrentar gigantes. Através das histórias lidas pelas próprias crianças ou contadas pelo professor, é possível que elas experimentem estados afetivos diferentes daqueles que a vida real pode lhes proporcionar. Assim, a presença da Literatura infantil na escola e no lar representa um estímulo forte à aprendizagem da leitura. Adquirindo o gosto pela leitura a criança passará a escrever melhor e terá um repertório amplo de informações e poderá produzir um livrinho de histórias, ilustrados e contados por todas as crianças da sala. . A história deve entretê-la e despertar sua curiosidade, estimular sua imaginação, ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções, estar harmonizada com suas ansiedades e aspirações, reconhecer plenamente suas dificuldades e ao mesmo tempo sugerir soluções para os problemas que a perturbam. Deve, de uma só vez, relacionar-se com todos os aspectos de sua personalidade, sem menosprezar a criança, buscando dar crédito a seus procedimentos e promovendo a confiança nela mesma e no seu futuro.
Sob esses aspectos, nada é tão enriquecedor para adultos e crianças que os contos de fadas.
Através dos contos de fadas pode-se aprender mais sobre os problemas interiores dos seres humanos e sobre as soluções corretas para suas atitudes em qualquer sociedade. Pode-se também, levar à uma educação moral, que conduza às vantagens do comportamento moral, não através de conceitos éticos, abstratos, mas daquilo que lhe parece correto e portanto, significativo.
Um bom conto de fada apresenta as seguintes facetas: fantasia, recuperação, escape e consolo. Recuperação de um desespero profundo, escape de algum grande perigo, mas acima de tudo, consolo, através do final feliz, que é fundamental em qualquer conto de fadas, pois causa emoção e alívio ao coração. Sem essas facetas, a criança, depois de ouvir a estória , se sentiria sem nenhuma esperança verdadeira de se desvencilhar dos desesperos de sua vida.
No conto de fadas tradicional, o herói é recompensado e a pessoa malvada recebe sua sorte bem merecida e assim satisfaz a necessidade profunda que a criança sente de que prevaleça a justiça.